quarta-feira, 9 de julho de 2014

JOÃO HENRIQUE TENTA MANTER PODER POR MEIO DE MULHER E FILHO

Ele costumava desdenhar das sentenças do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que rejeitou as contas dos quatro anos do seu segundo mandato (2008-2012). Dizia que iria derrubar todas as decisões na Justiça comum e não estava inelegível pela Lei da Ficha Limpa. O fato é que o ex-prefeito João Henrique Carneiro (PSL) desistiu de participar das eleições deste ano. Chegou a anunciar que disputaria a eleição de governador. Pouco depois, mais realista, disse que preferia tentar uma vaga de deputado federal. Desistiu. Vai apoiar a mulher, a médica Tatiana Paraíso, para deputada federal e o filho Paulo Henrique Carneiro, estadual. João Henrique apareceu com destaque na lista de contas rejeitadas entregue, anteontem, pelo TCM ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Sua derrocada política começou após a reeleição, obtida com 753 mil votos, graças ao apoio do então ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, que o atraiu para o PMDB. Prefeitura de novo - Pouco depois de assumir o segundo mandato, brigou com Geddel, deixou o PMDB e começou a se isolar politicamente. Saiu da prefeitura em 2012, com alto índice de impopularidade, embora tenha mantido apoio razoável junto à população do subúrbio ferroviário. Não conseguiu fazer o sucessor. Apoiou discretamente o prefeito ACM Neto (DEM), com quem também se desentendeu após a eleição devido às críticas do demista à gestão do seu aliado de ocasião. Acomodou-se no PSL para tentar retornar à cena política na eleição deste ano, o que não deu certo. O presidente estadual do PSL, Antônio Olívio Vasconcelos, lamentou a opção de João Henrique em desistir da candidatura, respeitando sua decisão. Acha que ele seria um grande puxador de votos para a legenda. "Ele tem muitos votos nas classes C e B, seria eleito com certeza, mas preferiu dar uma chance para o filho e a mulher", disse.A barreira seria passar pelo crivo da Justiça Eleitoral já que seu nome seria impugnado pela Procuradoria Eleitoral. Devido aos problemas nas contas, os amigos mais próximos o aconselharam a não disputar a eleição em 2014. Vasconcelos contou que o desejo de João Henrique é se candidatar a prefeito de Salvador, novamente, em 2016. "Ele vai voltar", afirma. Se João conseguir eleger a mulher e o filho, talvez consiga sobreviver politicamente. Mas sempre restará a rejeição das contas. Sendo enquadrado na Lei da Ficha Limpa, João ficará oito anos inelegível, a partir do ano da conta rejeitada. Como a última é de 2012, se for condenado, só poderá disputar eleições a partir de 2020. (As informações do A Tarde)

Nenhum comentário:

Postar um comentário