quarta-feira, 2 de julho de 2014
CORTEJO CÍVICO E FANFARRAS MARCAM 2 DE JULHO EM SALVADOR
Não são apenas anos que distanciam o dia 2 de julho de 1823 do 2 de julho de 2014. Os 191 anos que separam a guerra, na Bahia, pela Independência do Brasil da festa atual alteraram os ideais que inquietam baianos a ocupar as ruas. Ontem, com a chegada do Fogo Simbólico ao Largo de Pirajá, cerca de 300 pessoas, de acordo com a Polícia Militar, se reuniram para receber atletas vindos de Saubara, Santo Amaro da Purificação, São Francisco do Conde, Candeias e Simões Filho com ansiedade e festa.
Animada com o evento que marcou a abertura da comemoração cívica, Carla Alexandra de Souza, 36, levou os três sobrinhos para se unir ao grupo que lotou a Praça General Labatut - considerado um dos heróis da guerra e homenageado durante a cerimônia. “Cheguei duas horas antes porque na hora do fogo simbólico aqui lota”, contou a pensionista.
Se lá atrás a aglomeração civil culminou de forma sangrenta na retomada da cidade ocupada por Portugal, ontem, o grupo de pessoas que entoou o hino da Bahia e do Brasil, se animou com os tradicionais grupos de fanfarra e acompanhou o hasteamento da bandeira se mostra mais apegado à tradição festiva do que ao ideal pátrio. “Eu moro aqui há 45 anos, venho direto. É uma festa boa, dá muita gente. Mas é bonita para quem sabe brincar”, afirma o aposentado Eduardo Alves, 64.
Na ocasião, Manuel Almeida, vice-prefeito da cidade de Simões Filho (Região Metropolitana de Salvador), último destino do Fogo antes de chegar a Salvador, e o presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro, que promove o evento, homenagearam o General Labatut, depositando flores em seu mausoléu. O atleta Antonio Lourenço Pereira, 58, foi o único do grupo que deixou o Recôncavo no dia 25 e trouxe a tocha até a capital. “Faço isso há 29 anos. Foram cerca de 210 km percorridos”, contou.
Em meio ao festejo que se dispersou quando as fanfarras rumaram para as ruas, em direção à Escola Alexandrina Dos Santos Pita, a associação dos moradores de Pirajá e outras entidades que representam o bairro empunharam cartazes cobrando melhorias para a população. “É um momento que aproveitamos para lembrar que, apesar de ser um local histórico, temos outras necessidades na Saúde, no Transporte”, assinalou Fábio Ferreira, do Núcleo de Apoio do Desenvolvimento de Pirajá.
No Centro Histórico, o dia de ontem foi marcado por uma missa que homenageou os protagonistas da independência. O “Te Deum”, celebrado por Dom Gilson Andrade, bispo auxiliar de Salvador, na Catedral Basílica, reuniu fiéis que dão cor ao caráter religioso do evento que tem seu lado profano bastante acentuado. (As informações do Correio)
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