MINISTRO DIZ QUE NÃO FEZ USO INDEVIDO DE AERONAVE NO CARNAVAL E COMUNICOU FATO À AGU

Convidado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (19) para falar sobre as relações de trabalho no Mais Médicos, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, não fugiu da pergunta sobre a presença de sua esposa em avião da Força Aérea Nacional (FAB) em viagem de campanha contra doenças sexualmente transmissíveis (DST) durante o carnaval. "Sobre acompanhamento da minha esposa no carnaval, antes pedi parecer da AGU [Advocacia Geral da União]. Presença dela foi importante para campanha", disse o ministro em audiência na Câmara. Em relação ao programa Mais Médicos, Chioro entregou o que chamou de cópia do contrato com a Opas. "Entrego aqui formalmente ao presidente da Comissão uma cópia do termo de cooperação firmado em fevereiro", e disse que a taxa de desistência no programa é de 0,09%, entre os 9,5 mil profissionais em atividade no país. Até abril, a previsão do ministro é ter no total 13 mil médicos na atenção básica brasileira. A participação de Chioro na Câmara foi feita a pedido do líder do DEM na Casa, Mendonça Filho (PE), que questionou uma fala do ministro de que os contratos com médicos cubanos, através da Organização Panamericana de Saúde (Opas), eram iguais aos estabelecidos em outros 60 países, como França, Chile e Itália. Segundo Mendonça Filho, na França e no Chile, os contratos com cubanos seriam individualizados e os salários idênticos aos recebidos por médicos locais. A Itália também, de acordo com o parlamentar, não contrataria profissionais de Cuba.