sábado, 31 de maio de 2014

DESAPROPIAÇÃO PARA INSTALAR BRT NA CAPITAL É DESCARTADA

Não haverá desapropriações para a implantação do projeto Corredores do Transporte Público Integrado (BRT). A informação foi divulgada na sexta-feira, 30, pelo titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte (Semut), Fábio Mota, durante audiência pública realizada para expor os impactos ambientais causados pelo modal. A reunião foi no auditório do Parque da Cidade, no Itaigara. Apresentados para uma plateia parcialmente esvaziada, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) apontaram também que as principais interferências no meio ambiente serão a derrubada de árvores exóticas e o tamponamento parcial do canal Lucaia. Para evitar desapropriações, serão utilizadas nove estações de BRT (Bus Rapid Transit) ao longo de 8,6 km entre a Lapa e o Iguatemi, em vias já consolidadas: Dique, Hospital Geral do Estado (HGE), Ogunjá, Rio Vermelho, Lucaia, Ceasinha, avenida ACM, Hiper e Iguatemi. O projeto foi concebido para contemplar três trechos. O primeiro vai da Estação da Lapa até as avenidas Vasco da Gama e Lucaia, onde ocorre conexão com as avenidas Juracy Magalhães Jr. e ACM até a Ligação Iguatemi-Paralela. Para minimizar os impactos ambientais, os estudos consideraram a supressão de árvores exóticas (não nativas), como amendoeiras. Em relação ao tamponamento de parte do canal Lucaia, o titular da Semut afirma que o projeto contempla a legislação ambiental. Tempo reduzido - As obras, orçadas em R$ 800 milhões - com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana, da Caixa Econômica Federal e do município -, devem começar a ser executadas a partir de 2015, com a construção dos viadutos. A ideia do projeto, diz Mota, é fazer com que o percurso Lapa-Iguatemi, por onde devem passar cerca de 35 mil pessoas por hora, seja realizado em apenas 16 minutos via BRT. O trecho contará, ainda, com três viadutos (Garibaldi, Parque da Cidade e Iguatemi) e cinco elevados. "O intuito é melhorar o transporte público da cidade, o que vai beneficiar também quem anda de carro, já que estudamos a possibilidade de eliminar semáforos e fazer o trânsito circular livremente", argumentou Mota. Questionado sobre a necessidade de o projeto contemplar regiões mais afastadas, como o subúrbio e Cajazeiras, Mota afirmou que os corredores exclusivos irão se conectar com vias transversais. "É um modal que vai se interligar com outras avenidas, como a Gal Gosta, e a BR-324", concluiu. (As informações do A Tarde)

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