ACORDOS PARA CONSOLIDAR APOIOS A RUI COSTA CAUSAM DOR DE CABEÇA AO PARTIDO

Os acordos para consolidar apoios à candidatura de Rui Costa (PT) ao governo têm trazido dor de cabeça ao núcleo central do partido na Bahia. Reservadamente, petistas do alto escalão admitem que a estratégia de atrair, para a base governista, lideranças políticas ligadas à oposição elevou o ciúme entre aliados mais antigos. Um dos exemplos citados é Andorinha, no Norte baiano, onde o atual prefeito, Zé Branco (PP), ganha pouco a pouco o espaço do ex, Agileu Lima, que trocou o DEM pelo PT e acabou perdendo a disputa em 2012. Agora, Lima terá que subir o mesmo palanque do rival. E, para piorar, com menor destaque. O clima de insatisfação é ampliado por conta das disputas locais entre os candidatos a deputado. Em Senhor do Bonfim, por exemplo, a aproximação do prefeito eleito em 2012, Doutor Correia (PTN), com Rui Costa deixou o PT na cidade de alerta ligado. É que a aliança liberou espaço para que o deputado estadual Roberto Carlos (PDT), apoiado por Correia, dispute e leve votos em um dos mais antigos redutos do PT na Bahia. Pelo andar da caravana petista, o coro dos descontentes tem chances de entrar e sair dos ouvidos sem ser notado. “Em uma eleição duríssima, como a que se configura, Rui não pode deixar de agregar apoio e de tentar tirar oxigênio da oposição. Embora isso possa produzir aqui e ali insatisfações. Vamos lidar com elas caso a caso, mas é preciso pensar na base e na eleição estadual e nacional”, avaliou uma fonte da cúpula petista. (As informações do Correio)