O inquérito policial sobre o desabamento do Edifíco Guaratinga no bairro Pernambués, em julho do ano passado, foi encaminhado nesta segunda-feira (27) ao Ministério Público pelo delegado Adailton Adam, titular da 11ª Delegacia Territorial (Tancredo Neves). O acidente provocou a morte de três pessoas e feriu outras duas.
O proprietário da Marques Lima Construtora, Sílvio Lima de Jesus, e o engenheiro, Eduardo Wesley Lima de Aquino, responsável pela obra foram indiciados por homicídio e lesão corporal.
Paulo Fernando Serra Villa e Paulo Nascimento, fiscais da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), foram indiciados pelos mesmos crimes e também por prevaricação, por não terem fiscalizado a obra.
O laudo da Coordenação de Engenharia Legal do Departamento de Polícia Técnica (DPT) apontou, segundo o delegado, irregularidades na obra e instabilidade no terreno da construção.
A perícia considerou que o principal motivo da queda do prédio foi o subdimensionamento dos pilares. Segundo as investigações, o projeto estrutural também não estava em conformidade com a norma NBR-6118/2001, que fixa os requisitos básicos e exigíveis para estruturas de concreto.
Foram identificadas ainda falhas no levantamento topográfico inicial elaborado pela construtora. O prédio foi edificado sobre um barranco de solo argiloso, tendo sido constatada a presença de material de aterro (plástico e entulho), o que tornou o terreno instável e aumentou a possibilidade de desmoronamento.
Morreram no desabamento do Edifíco Guaratinga Nívea Sampaio Moura, seu primo Caio Anunciação Moura e o pedreiro Renildo Gomes Miranda. Os filhos de Nívea, Cecília Sampaio Moura e André Sampaio Moura, de 7 e 8 anos, ficaram feridos. (As informações do A Tarde)
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