domingo, 18 de maio de 2014
GOVERNO AUTORIZA CONTENÇÃO DE 18 ENCOSTAS EM SALVADOR
A ordem de serviço para a contenção de 18 encostas em Salvador será assinada na segunda-feira, 19, pelo governador Jaques Wagner, às 11h, na Fundação Luís Eduardo Magalhães. Esse primeiro lote corresponde a 18% do projeto do governo do estado que totaliza 98 declives. Eles deverão receber proteção de concreto no prazo de até 12 meses.
O investimento total é de R$ 156 milhões, verba do Ministério das Cidades. De acordo com o titular da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur), Manuel Ribeiro Filho, a estimativa é que 278 mil pessoas de 91 mil residências sejam beneficiadas com as obras. "Salvador tem encosta em tudo quanto é lugar. Elas foram selecionadas a partir de um estudo que verificou os maiores graus de instabilidade", afirmou o secretário.
Os serviços das 18 iniciais já foram licitados e serão executados pelo Consórcio Concreta Ecla. A previsão é que sejam finalizados para o período de chuvas de 2015. Na segunda etapa, estão 39 encostas, cujas obras devem ser licitadas na próxima semana. As 41 restantes ainda aguardam a análise do projeto pela Caixa Econômica, segundo o secretário, e o processo licitatório deve ocorrer em até 45 dias.
Ribeiro Filho não soube precisar quantos morros deveriam passar por intervenção na capital baiana. "É uma situação muito dinâmica. Uma estável pode receber uma construção e se tornar instável", destacou.
Prevenção - Para o geotécnico e professor da Ufba João Carlos Batista, a iniciativa beneficiará "uma boa parcela" da população, mas ainda está aquém da necessidade. "Há muito mais encostas em Salvador que precisam de intervenção. As áreas de risco já somam mais de 500. Ainda há muito a fazer", opinou. Batista ressaltou que o foco deveria ser a prevenção e não a contenção. "A preocupação maior deveria ser evitar e não depois que já está acontecendo. Minimizar a ocupação de risco. Essa deveria ser a ação do poder público, que não tem sido feita ao longo do tempo. É preciso controlar as invasões em áreas abandonadas", acrescentou.
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