Apesar da manifesta insatisfação de líderes nacionais do PR com o processo de “fritura” dos quadros do partido, através da demissão fracionada dos acusados de corrupção no Ministério dos Transportes, a uma semana do fim do recesso no Congresso Nacional o senador Walter Pinheiro (PT) e a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) tentam colocar panos quentes na crise política pela qual passa o governo Dilma Rousseff.
“O PT deve se manter literalmente afastado. Esse não é um debate que compete aos partidos, mas à estrutura de gestão. A nova composição (do Ministério) passa por critérios que não podem contaminar a volta dos trabalhos”, afirmou Pinheiro. O petista reconhece, entretanto, que os primeiros dias de trabalho serão de remoer o escândalo, com direito a convocações de ministros e dirigentes de órgãos envolvidos no esquema de propina.
Para Alice, a demissão gradual dos envolvidos teria outro fim, que não o de expor cada um dos envolvidos nos noticiários por vez. “A presidenta está fazendo lentamente para não correr o risco de prejudicar pessoa que não tem envolvimento”, sugeriu. A congressista acredita que o PR deve se manter na base de sustentação, mas alfinetou o partido. “Há objetivamente a necessidade de você saber compor o governo com as forças políticas com a adequação dos princípios”. (BN)
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