quinta-feira, 6 de novembro de 2014

RUI E LÍDICE GASTARAM MAIS DO QUE ARRECADARAM

Com uma receita final declarada de cerca de R$ 32,19 milhões, o governador eleito Rui Costa (PT) foi quem mais arrecadou durante a campanha entre os candidatos ao governo da Bahia este ano, conforme prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em seguida, aparece o ex-governador Paulo Souto (DEM), que arrecadou aproximadamente R$ 21,65 milhões, e a senadora Lídice da Mata (PSB), com R$ 5,7 milhões. Rui e Lídice apresentaram ainda déficit nas contas, ou seja, gastaram mais do que arrecadaram. O petista informou ao TSE uma despesa de pouco menos de R$ 45,26 milhões e a pessebista declarou cerca de R$ 7,9 milhões em gastos. Souto, por sua vez, gastou R$ 21.655.110,63, quase o mesmo valor de sua arrecadação, de R$ 21.657.630,34. O candidato do PSOL, Marcos Mendes, informou despesas e receitas de campanha no mesmo valor, de R$ 20,5 mil. O mesmo ocorreu com Renata Mallet, que disputou o governo pelo PSTU. Ela informou gastos e arrecadação idênticos, de R$ R$ 33.464,78. Da Luz (PRTB) não informou receitas ou despesas na prestação de contas feita ao tribunal. Doadores - Entre os maiores doadores da campanha de Rui Costa, estão a Cervejaria Petrópolis e as construtoras OAS e Queiroz Galvão. A primeira construtora doou R$ 4,275 milhões, dos quais R$ 950 mil vieram da direção nacional do PT e R$ R$ 3,325 milhões da direção estadual do partido. Já a segunda construtora doou R$ 1,9 milhão. Todo o dinheiro foi doado à direção nacional da legenda, que repassou o montante à campanha de Rui. A Cervejaria Petrópolis foi o maior doador do petista, com R$ 4 milhões doados diretamente à sua campanha e outros R$ 3.500.240 via direção estadual. Recursos do grupo também bancaram as campanhas de Souto e Lídice, mas em quantias menores. No caso do ex-governador, a direção nacional do DEM repassou R$ 5,566 milhões à sua campanha vindos da Cervejaria Petrópolis. O grupo, dono da Itaipava, doou ainda R$ 100 mil para a direção estadual do PSB, que os direcionou para a campanha de Lídice. Além da cervejaria, empresas como Odebrecht e Suzano Papel e Celulose colocaram dinheiro nas três maiores campanhas. Os maiores doadores de Souto, atrás da cervejaria, foram a construtora Queiroz Galvão e o grupo Ability, cada um com R$ 1,5 milhão. Ambos os recursos vieram da direção nacional do DEM. Os Hotéis Othon doaram R$ 1 milhão para o democrata. O grupo JBS, que controla a marca Friboi, doou R$ 1.052.000 para Lídice. Desse valor, R$ 500 mil vieram da direção estadual do PSB e o restante, da direção estadual. Também constam entre as receitas da campanha da senadora R$ 500 mil do banco Santander e outros R$ 500 mil da construtora Andrade Gutierrez. Das campanhas dos três principais candidatos, a que menos apresentou doações de pessoas físicas foi a de Rui Costa. Pessoas físicas - Além de empresas, amigos e pessoas ligadas aos candidatos também contribuíram para suas campanhas. Rui Costa, por exemplo, recebeu uma doação de R$ 3 mil do secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, atualmente também coordenador do grupo que organiza a transição do governo Wagner para o governo Rui. Outro secretário, Edelvino Góes (Administração), doou também R$ 3 mil para a campanha do petista. Souto recebeu contribuições do ex-senador ACM Júnior, do vereador Cláudio Tinoco e do deputado federal eleito José Carlos Aleluia. Cada um doou R$ 5 mil. Das três principais candidaturas ao governo, Lídice foi a que mais recebeu doações de pessoas físicas. Entre os que doaram para sua campanha, estão Eduardo Vasconcelos (R$ 50 mil), que disputou a eleição como candidato a vice-governador, e o primeiro secretário do PSB baiano, Rodrigo Hita (R$ 6,85 mil), que concorreu para deputado estadual. Senado -A campanha mais cara para o Senado na Bahia foi a de Geddel Vieira Lima (PMDB), segundo as declarações feitas ao TSE. Geddel arrecadou R$ 7.154.703,59 e gastou R$ 7.142.503,97. Senador eleito, Otto Alencar apareceu em segundo lugar, com receita de R$ 6.313.748,24 e despesa de R$ 6.313.304,93. Conforme a declaração feita por Otto, quase metade de sua arrecadação foi bancada pela campanha de seu companheiro de chapa, Rui Costa. Foram R$ 3.034.700,46 repassados de Rui para Otto. A candidata do PSB, Eliana Calmon, apresentou receita de R$ 2.829.441,10 e gastou R$ 2.815.791,28. Hamilton Assis, que concorreu ao Senado pelo PSOL, não prestou contas à Justiça Eleitoral, de acordo com o tribunal. (As informações do A Tarde)

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