sexta-feira, 24 de outubro de 2014

PM ACUSADO DE MATAR SUSPEITO DE ROUBO EM FACULDADE PRESTA DEPOIMENTO

O policial militar Jorge Figueiredo Miranda, 30 anos, se apresentou para prestar depoimento na noite desta quinta-feira (23) no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), segundo a Polícia Civil. Jorge é acusado de ter atirado e matado o adolescente Railan da Silva Santana, 17 anos, no estacionamento da Faculdade Área1, na Paralela, na terça-feira. O conteúdo do depoimento do policial não foi divulgado. O PM entregou uma pistola 380 de uso particular, que teria sido usada no crime. Ele foi ouvido por volta das 18h30 pelas delegadas Andreia Ribeiro e Tamara Ladeia e não ficou preso. O policial estava acompanhado de advogado. Testemunhas ouvidas pela polícia afirmam que o PM, que é estudante da universidade, foi alvo de um assalto praticado por Railan. Railan e um outro homem, ainda não identificado, entraram juntos pela portaria principal. Railan seguiu até o estacionamento de motos e anunciou o assalto, segundo os relatos. O PM entregou as chaves, viu o garoto subir na moto e então atirou no braço do adolescente. As imagens analisadas comprovam essa versão, segundo a polícia. As câmeras de segurança não registram com exatidão o que acontece depois. Railan é visto correndo. Ele seguiu para se esconder no banheiro da instituição. Ao todo, ele levou cinco tiros, inclusive um na cabeça. Ele foi localizado caído no banheiro com uma arma, que foi apreendida, e foi levado ao Hospital Roberto Santos, onde já chegou sem vida. As investigações já constataram que o roubo foi premeditado. Railan e o parceiro já tinham escolhido a motocicleta do policial como alvo e aguardavam, conforme mostram imagens do interior da faculdade. Assim que Jorge saiu da aula e se dirigiu ao estacionamento foi seguido e abordado pela dupla. A família de Railan contesta a versão e diz que o jovem não era criminoso. Eles também afirmam que segundo um perito a cena no banheiro da universidade foi alterada - a polícia recebeu a denúncia e afirmou que será investigada, com laudo saindo em 30 dias, mas segundo a delegada Tamara Ladeia a polícia chegou muito rapidamente ao local e qualquer alteração feita não teve efeito de atrapalhar a apuração do caso. (As informações do Correio)

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