sexta-feira, 13 de junho de 2014
CONFRONTOS ANTES DE JOGO DO BRASIL EM SP DEIXAM 15 FERIDOS; 31 SÃO PRESOS
O protesto em São Paulo contra a Copa do Mundo, no dia de abertura do Mundial, terminou em confronto com a Tropa de Choque, com 10 manifestantes e 5 repórteres feridos. Até o início da noite, pelo menos 31 pessoas haviam sido detidas, conforme as informações da Polícia Militar. O número oficial, porém, não estava consolidado até 21h. A primeira bomba da PM foi lançada contra cerca de 50 estudantes de Física da Unicamp que estavam na frente da Estação Carrão do Metrô, às 10h14.
Nas cinco horas seguintes, cerca de 150 policiais reprimiram grupos de protestos que se espalharam pelas ruas do Tatuapé, na zona leste de São Paulo. Na tentativa de evitar qualquer aglomeração que pudesse bloquear a Radial Leste, principal acesso ao Itaquerão, a Força Tática e a Tropa de Choque da PM agiram de forma enérgica. Os policiais não permitiram nenhuma aglomeração de pessoas nos arredores das Estações Belém, Tatuapé e Carrão. Por volta das 13h40, a PM lançou bombas contra um grupo que tentava fechar a Radial - motoristas e motociclistas ficaram intoxicados após inalar o gás lacrimogêneo das bombas.
Entre os 15 feridos nos confrontos, há pelo menos cinco repórteres (dois correspondentes da CNN, um repórter argentino, uma repórter francesa e um auxiliar de cinegrafista do SBT). Quem protagonizou os confrontos com a PM (pelo menos seis entre 10h14 e 15h40) foram cerca de 50 black blocs e anarquistas, muitos deles participantes dos violentos protestos de junho do ano passado, convocados pelo Movimento Passe Livre.
O cerco da polícia nas estações de metrô também impediu que centenas de torcedores que queriam assistir ao jogo perto da Arena Corinthians pudessem seguir seu caminho. Pelas ruas do Tatuapé, a PM perseguia os grupos de manifestantes com cavalos e motos, sem deixar que avançassem na direção da Radial Leste. Em vários momentos, jogavam bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar o movimento. Perto do Shopping Tatuapé, na Rua Platina, por volta das 13h, grupos de mascarados foram encurralados pelos policiais e o movimento acabou se juntando ao ato dos metroviários, na Rua Serra do Japi - que protestavam contra 42 demissões, após cinco de paralisação do serviço. (As informações do Estadão)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário